21/07/06

Encerramento dos Serviços de Urgências nos Centros de Saúde

(Nota à Comunicação Social)



Lisboa 18 de Julho de 2006

O Governo, através da Administração Regional de Saúde de Lisboa, pretende encerrar todos os Serviços de Saúde que prestem cuidados de saúde urgentes a partir dos Centros de Saúde e em algumas extensões na área do distrito. Actualmente em muitos Centros e Extensões de Saúde os serviços de urgência funcionam para além das 20h00, até às 22h00 e mesmo às 24h00, permitindo que muitos utentes utilizem os mesmos antes de ser dirigirem aos serviços de urgências dos Hospitais, serviços esses que normalmente se encontram muito sobrecarregados, alguns mesmo já em situação de ruptura, levando a que o atendimento dos utentes demore horas a acontecer. Na sequência de uma política vocacionada meramente para tomada de medidas economicistas o Ministério da Saúde exige à Administração referida que transmita orientações aos Directores dos Centros de Saúde para que reorganizem o funcionamento dos mesmos de forma a que abram as 08h00 e encerrem às 20h00, situação que a acontecer acarretará enormes prejuízos financeiros aos respectivos utentes para além de os transtornar. Por um lado aumentam os valores das taxas moderadoras dos serviços de urgência hospitalares em valores percentuais de mais de 23% cujo argumento é o de dissuadir os utentes de recorrerem aos mesmos, mas por outro lado encerram os serviços de urgência nos Centros de Saúde empurrando os utentes para a utilização dos Serviços dos Hospitais. Afinal em que ficamos? Ficamos em que o Governo quer no sector da saúde quer em outros sectores dos Serviços Públicos tem uma política orientada para beneficiar os grandes interesses económicos em claro prejuízo dos direitos dos utentes mais necessitados e carenciados, tornando-se urgente e necessário que os utentes dos Serviços Públicos, neste caso particular os da Saúde, se mobilizem e organizem para de forma decidida lutarem pela defesa dos seus legítimos direitos. Por não concordarmos com o encerramento dos Serviços de Urgência nos Centros e Extensões de Saúde o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) manifesta-se contra.


Grupo Permanente do MUSP

Situação no sector dos Transportes Públicos é preocupante

(Nota à Comunicação Social)



Lisboa 17 de Julho de 2006


Para além dos aumentos dos bilhetes e passes sociais que o Governo autorizou que entrassem em vigor a partir inclusivé do dia 01 de mês corrente, situação que mereceu na altura por parte do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) total desacordo por considerarmos que tais aumentos não vão contribuir nem para a melhoria dos transportes nem para aumentar a sua oferta, mas antes para aumentar os lucros dos grupos económicos que actuam no sector e para que os cidadãos utilizem cada vez menos os transportes colectivos e cada vez mais o transportes próprio ou individual aumentando consideravelmente os níveis da poluição ambiental, o Ministros dos Transportes e Obras Públicas reafirmou recentemente na Assembleia da República num atitude de claro desprezo perante os interesses das regiões e os direitos dos cidadãos que todas as linhas ferroviárias que não sejam rentáveis financeiramente são para encerrar. Mais recentemente em entrevista tornada pública pelos órgãos de Comunicação Social ficámos a saber que o grupo francês Transdev está interessado na exploração de importantes senão mesmo estratégicas áreas de transportes públicos (linhas ferroviárias de Azambuja, Cascais, Sintra, Metropolitano de Lisboa e ainda a Carris). Considerando a gravidade que as situações referidas encerram para o futuro dos transportes públicos de passageiros com consequências que não serão menos graves para a mobilidade dos cidadãos e para o ambiente com implicações sérias e preocupantes para a qualidade de vida, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) manifesta-se totalmente contra as afirmações do Sr. Ministro produzidas em sede da Assembleia da República, exigindo em simultâneo que o mesmo Ministro torne público qual a sua posição, e a do Governo a que pertence, face à pretensão do Grupo Transdev. O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) preocupado com tais situações vai de imediato solicitar uma reunião ao Ministro dos Transportes e Obras Públicas.


Grupo Permanente do MUSP