O Hospital Beatriz Ângelo é uma Parceria Público/Privado
(PPP) entre o Estado (ARS de Lisboa e Vale do Tejo), a Mota-Engil e o BES
Saúde.
Estas entidades são as responsáveis pelo projeto e construção
do Hospital.
Só após o fim das obras é que se equacionou a localização das
paragens dos transportes públicos e o parqueamento de táxis. Daqui resulta que
as paragens estão colocadas em locais longe da entrada do Hospital (a 450
metros) e os respetivos abrigos não podem ter resguardos laterais sob pena de
não haver passeio.
Os utentes para chegar à entrada do
Hospital têm que percorrer um percurso longo com uma inclinação acentuada e
virado a norte.
Desde a abertura do Hospital de Loures que a população exige
mais e melhores transportes.
Mais de 6 100 moradores no concelho de Odivelas assinaram uma
petição que foi apresentada em junho de 2012 à Assembleia da República e,
considerada pertinente e cumprindo os termos legais, foi discutida em plenário.
Foram feitas reuniões com a Rodoviária de Lisboa, a Autoridade Metropolitana de
Transportes de Lisboa, as Câmaras de Loures e Odivelas para exigir a tomada de
medidas que melhorassem os acessos em transportes públicos ao Hospital Beatriz
Ângelo.
A Barraqueiro, empresa de transportes que serve a população
de Santo António dos Cavaleiros, não respondeu aos pedidos de reunião feitos
pelos seus utentes e mantém um serviço que não corresponde ás necessidades e
mais caro.
Em resultado da luta desenvolvida foram criadas duas paragens
no interior do recinto do hospital; a carreira 301 (Gare do Oriente – Loures –
Hospital) entra no recinto do hospital; a carreira 215 (Cacém – Caneças –
Loures) entra no recinto do hospital aos fins de semana e feriados; a Rodoviária
de Lisboa criou uma nova carreira (925) com horário noturno e aos feriados e
fins de semana e o mesmo percurso da carreira 225 entre Odivelas (Metro) e o
hospital entrando no seu interior apenas aos domingos.
Durante os dias úteis e horário diurno a carreira 225 não
entra no recinto do hospital, deixando os utentes a 450 metros da entrada;
A carreira 204 fica em Loures, e os utentes para chegarem ao
hospital têm que apanhar o autocarro 301;
O passe L1 continua a não ser válido até o hospital;
A maioria dos utentes do concelho de Odivelas têm que
utilizar dois autocarros para chegar ao interior do hospital, tornando os seus custos
insuportáveis.
Por isso continuam a exigir:
Carreira 204 voltar a ir até o
Hospital;
Alargamento do passe L1 até o Hospital;
Criação de um título de transporte próprio para o hospital
que permita a mudança de carreira a custos acessíveis à generalidade da
população;
Todas as carreiras entrarem no recinto do hospital.
Estas questões que continuam a dificultar o acesso aos
cuidados de saúde dos moradores no concelho de Odivelas foram colocadas à
Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, à Rodoviária de Lisboa e às
Câmaras Municipais de Loures e Odivelas que manifestaram compreensão pelos problemas
colocados e se comprometeram em promover diligências tendentes à sua resolução.
A entrada de todas as carreiras no recinto do hospital
depende da realização de obras ligeiras, conforme projeto apresentado.
Até ao momento ainda nada foi feito.
O que é que está a impedir a sua realização?
Vamos continuar a insistir junto das entidades responsáveis
(ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Câmaras Municipais de Loures e Odivelas, Autoridade
Metropolitana de Transportes de Lisboa, Rodoviária de Lisboa) para que os acessos
ao Hospital Beatriz Ângelo em transportes públicos sejam melhorados.
Não vamos desistir!
Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Odivelas
Comissão de Utentes dos Transportes Stº António dos
Cavaleiros e Frielas
Comissão de Utentes do Hospital Beatriz Ângelo
Conferência de Imprensa
Dia 9 de julho de 2014, pelas 10,00
horas
Frente à entrada do Hospital Beatriz Ângelo