A Comissão de Utentes dos
Transportes Públicos de Odivelas e o Movimento Mais Saúde reuniram, no passado
Sábado dia 8 de novembro, para analisar a evolução da situação relativa aos
transportes para o Hospital Beatriz Ângelo (Hospital de Loures), à construção
do Centro de Saúde em Odivelas e outros aspetos relacionados com a prestação de
cuidados de Saúde, designadamente o serviço do CATUS.
Quanto aos transportes para o
Hospital verifica-se que em resultado da pressão feita pela população junto das
várias entidades, há algumas carreiras minibus que passaram a entrar no recinto
do hospital. No entanto, são situações residuais e com custos acrescidos para
os utentes, designadamente do concelho de Odivelas. É o caso da carreira 301
que obriga as pessoas a ir até Loures o que para a maioria da população de
Odivelas implica fazer mais um transbordo com o consequente aumento dos custos.
Já a carreira 925 apenas ao fim-de-semana e feriados entra no recinto.
Esta é a exceção, já que a regra
é que os problemas de fundo se mantêm: a generalidade das carreiras continuam a
não entrar no recinto do Hospital, deixando as pessoas a cerca de 500 metros de
distância. Sendo do conhecimento público que existem propostas para tornar
possível a entrada de carreiras de maior dimensão (ver declarações de Artur
Vaz, membro da Administração do Hospital, na reportagem que se junta), é
inaceitável que essas obras não sejam realizadas, continuando a penalizar os
utentes.
Sobre as questões da Saúde, a
preocupação central é o facto de continuar na “estaca zero” a construção do
Centro de Saúde de Odivelas. A este propósito, foi entregue no passado dia 17
de abril na Assembleia da República uma petição com mais de 5100 assinaturas, a
qual aguarda agendamento para discussão em plenário.
Além de ser uma promessa há
muitos anos feita e muitas vezes repetida, a construção deste equipamento é
necessária e urgente tendo em conta que milhares de pessoas foram transferidos
para o Centro de Saúde da Ramada (colocando-se também aqui sérios problemas com
os transportes, seja pela inadequada oferta da rede seja pelos custos que
implicam) e que a extensão do Bairro Olaio não tem capacidade de resposta.
A exigência do CATUS voltar a
funcionar em Odivelas, de onde saiu “provisoriamente” em 2011 e passou a funcionar
na Póvoa de Sto. Adrião, onde se mantém, foi também abordada nesta reunião,
pois a população tem feito sentir essa necessidade.
Como conclusões da reunião,
destacamos:
- Solicitar uma reunião à ARSLVT
pata obter esclarecimentos quanto à construção do Centro de Saúde em Odivelas o
colocar a questão do CATUS;
- Promover sessões públicas com a
população em diversos locais do concelho, ficando a primeira marcada para o dia
22 de novembro, em Odivelas;
- Continuar a trabalhar em
conjunto com as Comissões de Utentes dos Transportes de Sto. António dos
Cavaleiros e Frielas e a Comissão de Utentes do Hospital Beatriz Ângelo, na
exigência por melhores condições de acesso ao Hospital.