09/12/05

Situação Financeira da CP

Nota à Imprensa

Lisboa 9 de Dezembro 2005


Afinal quer nós Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP, quer também organizações representativas dos trabalhadores da CP tínhamos e continuamos ter razão quando denunciávamos e continuamos a denunciar que a situação financeira grave com que a empresa se debate de há anos a esta data em muito se deve ao não cumprimento do Governo que sistematicamente não entrega a esta empresa pública as comparticipações financeiras a que está obrigado para permitir o seu equilíbrio financeiro.
As razões que referimos são confirmadas através do relatório tornado público pelo Tribunal de Contas que considera como factor principal para a situação grave que a CP vive em termos financeiros a não entrega das comparticipações financeiras à empresa por parte dos diversos governos.
Com a recusa de proceder em conformidade com o que está obrigado o Governo tem posto não só em causa a viabilidade de uma empresa de importância fundamental para o desenvolvimento do nosso país, como tem contribuído para o aumento do isolamento a que muitos milhares de cidadãos estão votados e à perda de muitas centenas de milhares de passageiros que têm deixado de ser transportados através da CP com graves prejuízos financeiros para esta e incómodos para os passageiros.
Porque defendemos que a CP se mantenha como Empresa Pública de referência no sector dos transportes de passageiros e mercadorias o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP exige que o Governo cumpra com as suas obrigações entregando à mesma as respectivas comparticipações financeiras de forma a permitir que a mesma readquira o seu equilíbrio financeiro tão necessário ao desempenho da sua função.

Grupo Permanente do MUSP