15/01/08

Aumentos dos custos dos bens e serviços essenciais anunciados para o ano de 2008 vão agravar ainda mais as condições de vida da grande maioria dos por

Lisboa, 4 de Janeiro de 2008

Os valores dos aumentos anunciados para o início do ano em que acabámos de entrar dos custos dos bens e serviços considerados de primeira necessidade superam em muito os valores dos aumentos salariais e da inflação previstos para o mesmo ano.
De 2002 a 2007 a generalidade dos transportes públicos aumentarem em cerca de mais 30%, com os rodoviários e ferroviários a assumirem os maiores aumentos, mais de 30% e 50% respectivamente, aumentaram agora em mais 3,9% e não é líquido que durante o ano não voltem a aumentar, a electricidade aumenta em cerca de 3% no Continente, 2,6% nos Açores e 4,9% na Madeira, o gás canalizado aumenta entre 1,8% e 3,6%, conforme, as zonas e o de garrafa aumentou entre Setembro e Dezembro cerca de 3 euros por garrafa (equivalente a 600 escudos), os combustíveis não param de aumentar nos últimos 5/6 anos subiram mais de 25%, os telefones e a água também vão aumentar não se sabendo ainda quanto, o leite vai aumentar em 30%, o pão entre 10% a 15%, as taxas moderadoras e as de internamento e tratamento ambulatório em mais 2,1%, as urgências hospitalares em 4% e as portagens das auto-estradas em 2,6%, os juros bancários aumentaram durante o ano de 2007 25%, também as rendas do aluguer de casa subiram.
Para além dos aumentos que referimos outros vão acontecer, nomeadamente os medicamentos, actos médicos e outros produtos alimentares.
Com os aumentos anunciados é evidente que a grande maioria dos portugueses e respectivas famílias vão ver durante o ano de 2008 agravar-se consideravelmente o seu já fraco poder de compra comparado com a maioria dos países da União Europeia, aumentando também as já limitadas condições e qualidade de vida, contribuindo ainda para o aumento da pobreza que já hoje atinge mais de dois milhões de portugueses/as.
ÞV.F.F.
Contrariando a mensagem de Natal idílica e cor-de-rosa proferida pelo Primeiro Ministro aquelas sim, são as duras realidades que a grande maioria dos portugueses/as vivem no seu dia a dia agravadas ainda pelo aumento do desemprego e do trabalho precário, da diminuição das liberdades de expressão e manifestação, encerramento de escolas e jardins de infância, maternidades e outros serviços de saúde, mais postos e estações de correios para além do encurtamento e supressão de carreiras e percursos dos diversos transportes públicos.
Sintetizando, esta é a política que o Governo do partido Socialista que cinicamente se continua a auto-intitular de esquerda faz, política que no fundamental serve na perfeição as exigências os interesses e os desejos dos grandes grupos económicos e financeiros em prejuízo claro dos portugueses/as de menores recursos económicos.
Por estarmos liminarmente contra esta política que aumenta a carga fiscal sobre os trabalhadores/as por conta de outrém e dos reformados e a reduz ao grande capital, que acentua as desigualdades sociais e aumenta as assimetrias regionais, que empurra cada vez mais portugueses/as para os mais baixos níveis do limiar da pobreza, permite-se o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP exortar todos aqueles que têm sentido enquanto trabalhadores e utentes dos serviços públicos os malefícios causados por esta política a manifestarem-se a título individual ou integrados em movimentos ou outras estruturas o seu protesto, a sua indignação e oposição a este Governo e a esta política de cariz deliberadamente anti-social.


Grupo Permanente do MUSP