Muito por culpa dos processos judiciais como os da Casa Pia, Freeport, Furacão, Face Oculta e outros que quase nunca se conhecem quem são os culpados nem os inocentes devido à sua prescrição ou não apuramento de responsabilidades, são cada vez menos os portugueses que acreditam quer no bom funcionamento da Justiça quer na sua isenção.
Por outro lado são cada vez mais os portugueses que acreditam e por isso comentam que a Justiça em Portugal é cada vez mais selectiva devido a um conjunto de alterações que ao longo dos anos foram feitas, limitando o acesso dos mais pobres aos respectivos serviços, beneficiando e protegendo os interesses dos mais ricos.
Considerando que quer numa quer noutra situação que aqui referimos, o que o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP exige é que sejam criadas todas as condições necessárias para que a investigação seja feita de forma correcta e célere, permitindo que os processos envolvam quem envolverem sejam concluídos em tempo oportuno apurando-se as responsabilidades para serem condenados os culpados e ilibados os inocentes e que os custos de acesso aos respectivos serviços judiciais sejam em função dos rendimentos das famílias ou cidadãos.
Se tais condições se concretizarem estamos convictos que os portugueses formarão uma melhor opinião sobre o funcionamento da Justiça e dos seus profissionais com benefícios para todos.
Lisboa, 25 de Novembro de 2009