ALENTEJO DE NOVO NA MIRA REDUTORA DA GESTÃO DOS CTT.
ESTAÇÕES DE CORREIO DE ALMODÔVAR, VIDIGUEIRA EBARRANCOS, JÁ FORAM.
AS DO ALVITO E DE VIANA DO ALENTEJO, ESTÃO NO IR.
A DE CUBA ESTÁ SORRATEIRAMNTE A SER EMPURRADA.
É URGENTE TRAVAR A DESTRUIÇÃO DO QUE AINDA RESTA DO SERVIÇO POSTAL PÚBLICO EM PORTUGAL.
Depois de na última década terem extinguido centenas de Estações de Correio por todo o País e também no Alentejo, os CTT – Correios de Portugal, privatizados pelo Governo PSD /CDS e ainda geridos por Francisco Lacerda, vão agora mais fundo na questão.
Com o confrangedor silêncio do Governo e do regulador ANACOM e logo consentimento (porque calando-se dão o seu consentimento tácito), a Gestão dos CTT sente-se à vontade para contribuir activamente para o agudizar da desertificação das terras alentejanas, fechando mais umas quantas Estações de Correios depois de nas últimas semanas ter fechado outras.
Almodôvar, Vidigueira e até a raiana Barrancos já viram encerradas, nas últimas semanas, as suas Estações de Correios.
Justificação para tal? Lógica, justa e que respeite os Alentejanos enquanto cidadãos portugueses de corpo inteiro, nem uma.
Justificação oficial e/ou oficiosa? Parece que por não serem rentáveis e porque não iriam ter balcões do Banco CTT mas, como quem faz e quem deixa fazer se está borrifando (assim se diz em bom alentejano) para o Serviço Público Postal, para a obrigação da manutenção e melhoria da Rede Pública Postal e, neste caso concreto, para os alentejanos, tudo fica pelo “parece que”.
Um “parece que” cínico pois nos CTT o que continua na ordem do dia, de todos os dias, é a continuação da destruição do que resta de um excelente serviço postal público, reduzindo estrutura, pessoal, prestação e qualidade do serviço para cumprimento de dois únicos fins:
Ø Gerarem lucros para que Champalimaud e os restantes accionistas possam continuar a receber dividendos que, além de terem engolido totalmente os lucros anuais da Empresa, têm vindo a engolir uma boa parte do património construído recebido do Estado aquando da privatização, vendendo-o por vezes ao desbarato;
Ø Fazer crescer o Banco CTT, aproveitando a tradicional imagem de confiança da Empresa e dos seus trabalhadores, sem olharem a meios. Todo o investimento para o Banco, todo o desinvestimento possível no serviço postal.
Ou seja, basicamente o Alentejo e os Alentejanos estão debaixo do fogo cerrado da Gestão dos CTT, que assim lhes encerra Estações de Correio a eito, porque os que ali vivem são poucos e, aparentemente, tão pobres que nem um balcão do Banco CTT merecem.
ALMODÔVAR, VIDIGUEIRA e BARRANCOS foram as mais recentes vítimas.
ALVITO e VIANA DO ALENTEJO estão por dias. CUBA está sorrateiramente a ser tratada e diz-se que outras estarão na calha para idêntico e prejudicial tratamento.
Isto sem aparentemente, como também se diz em bom alentejano, darem cartucho às Câmaras Municipais e sem um ai que seja da ANACOM, ou do Governo, para quem expressões comointerioridade, ou desertificação, ou coesão territorial, ou mesmo não discriminação, só são para serem lembradas e usadas frente às câmaras das televisões.
O nosso Sindicato, o SNTCT, tem pago uma grande factura por não calar, por denunciar, por exigir a devolução de um Serviço Postal de qualidade aos portugueses.
É também por isso que continuamos a exigir do poder executivo a RENACIONALIZAÇÃO DOS CTT.
AQUI FICA, MAIS UMA VEZ, A DENÚNCIA PÚBLICA DESTAS ATROCIDADES.
CONTINUAMOS POIS A EXIGIR A QUEM DE DIREITO QUE, COMO TAMBÉM SE DIZ EM BOM ALENTEJANO, TOME TINO.
Lisboa, 25 de Junho de 2018
A Direcção Nacional do SNTCT