09/06/18

MARGEM SUL: utentes apelam ao envolvimento autarquia de Almada na defesa de melhores transportes

Nota à Comunicação Social
Utentes apelam à autarquia de Almada que se junte à reivindicação por melhores transportes
Recebida pela Assembleia Municipal de Almada, a Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul apelou à autarquia que se junte à reivindicação pela melhoria do serviço público de transportes.
Por solicitação da Assembleia Municipal de Almada, a Comissão de Utentes de Transportes de Transportes da Margem Sul (CUTMS) foi recebida, no passado dia 21 de Maio, pelos deputados municipais da 6.ª Comissão, sobre a situação do transporte fluvial.
Nessa reunião os utentes tiveram a oportunidade de apresentar algumas das questões que os preocupam no serviço prestado pela Transtejo, a saber:
- a supressão de ligações entre a Trafaria, Porto Brandão e Belém que entre 30 de Março e o dia 21 de Maio já teve mais de 25 dias com a supressão de ligações previstas, causando um imenso transtorno aos utentes e prejudicando gravemente a atractividade daquele transporte. Os utentes questionaram ainda porque é que, na impossibilidade de se utilizarem os cais de Belém ou da Trafaria, não se informam os utentes e não se usam provisoriamente os cais do Cais-do-Sodré ou de Cacilhas.
- as más condições dos cais de embarque de Cacilhas (frio, sujo e com constantes avarias na porta mecânica) e da Trafaria (com a instabilidade do piso, devido à erosão provocada pelas marés);
- as condições no interior da maior parte das embarcações, que se encontram muito envelhecidas, sujas, com janelas encravadas, com falta de cadeiras (há muito à espera de serem substituídas) e com casas de banho impróprias;
- as actuais limitações da oferta de transporte fluvial, em que os horários da ligação Trafaria, Porto Brandão e Belém têm uma diferença mínima de 60 minutos entre barcos, que pode chegar aos 90 minutos nos dias úteis. Prejudicando quem precisa de fazer este trajecto no percurso casa-trabalho, mas também a atractividade deste meio de transporte para todos aqueles que pretendem visitar o concelho de Almada e usufruir da sua oferta cultural, paisagística e gastronómica.
- a desadequação dos horários entre Cacilhas e o Cais-do-Sodré para todos aqueles que trabalham ao fim-de-semana e por turnos;
- a própria limitação de oferta de transporte fluvial que se mantém numa lógica de serviço entre Almada e Lisboa, quando já é urgente desenvolver as ligações entre os concelhos da margem Sul do Tejo (Almada, Seixal, Barreiro e Montijo);
- a necessidade da empresa Transtejo reforçar os seus quadros de pessoal, quer marítimo, quer na área da manutenção. Os utentes reconhecem que o serviço prestado por esta empresa já estaria muito pior se não fosse o brio dos seus trabalhadores, cujo profissionalismo valorizam, mas é já por demais evidente a falta de pessoal e o sobrecarregar de alguns trabalhadores, pelo que é urgente o reforço da empresa em meios humanos e materiais. A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul considera ainda que esta empresa se deve manter no âmbito do sector empresarial do estado, atendendo ao serviço público que presta e aos desastrosos exemplos que de outras privatizações (com o encarecimento e a perda de qualidade dos serviço prestados).
- a desarticulação entre os vários prestadores de serviços de transporte de passageiros que laboram em Almada: Transtejo (transporte fluvial), MST (metro), Fertagus (comboio), TST e SulFertagus (autocarros), Rede Expresso e Táxis.
Reconhecendo os limites da intervenção da Assembleia Municipal nestas matérias, a Comissão de Utentes apelou aos deputados municipais que se juntassem às justas reivindicações dos utentes junto do governo por melhores transportes públicos ao serviço das populações e do desenvolvimento do concelho de Almada.
A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul