04/11/18

SANTARÉM: bloco operatório parado.

http://www.oribatejo.pt/2018/11/01/obras-no-bloco-operatorio-do-hospital-de-santarem-continuam-paradas-musp-pede-reuniao-a-ministra-da-saude/

Obras no bloco operatório do Hospital de Santarém continuam paradas – MUSP pede reunião à ministra da Saúde

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As obras nos blocos operatórios do Hospital de Santarém continuam suspensas do visto do Tribunal de Contas, com o agravamento das listas de espera para consultas e cirurgias, a deterioração de serviços e custos acrescidos com a deslocação de doentes para Torres Novas.
A situação cada vez mais preocupante do Hospital de Santarém foi um dos principais temas de debate no recente encontro distrital das comissões de utentes de serviços públicos do distrito de Santarém.
Perante aos esclarecimentos prestados na recente reunião com a nova administração do Hospital de Santarém, o MUSP – Movimento de Utentes de Santarém solicitou esta semana uma reunião à nova ministra da Saúde para tratar dos problemas da qualidade da prestação dos serviços de saúde no distrito, em especial os cuidados hospitalares do HDS e do CHMT – Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Entretanto, o MUSP – Santarém solicitou reuniões a todos os partidos com assento parlamentar, por causa do incumprimento da resolução política aprovada na Assembleia da República sobre o Hospital de Santarém. Em causa, as obras dos blocos operatórios que continuam paradas por causa da Lei dos Compromissos, com consequências para os utentes, equipas médico – cirúrgicas e familiares, e com o agravamento das listas de espera das cirurgias e das consultas externas.
O Hospital tem procurado ultrapassar os constrangimentos provocados pela paragem de produção no seu bloco operatório central, através de um protocolo celebrado com o Centro Hospitalar do Médio Tejo, com vista à utilização do Bloco Operatório da unidade hospitalar de Torres Novas. Segundo os esclarecimentos da administração do Hospital ao MUSP, o protocolo está a custar cerca de 100 mil euros por mês, acrescidos das despesas de deslocação de equipas e manutenção de serviços de apoio naquele hospital, variáveis em função da produção realizada.
Conhecidas as enormes carências de recursos humanos em todas as áreas, à semelhança do que acontece nos demais hospitais públicos, a administração do Hospital está a realizar concursos nacionais, quer para pessoal médico, quer para pessoal de enfermagem.
A agravar a situação do Hospital, a empresa com a qual está contratado o serviço de higiene e limpeza do Hospital não tem cumprido pontualmente as obrigações para com os seus funcionários, designadamente pagamento de vencimentos, embora o Hospital esteja a cumprir os pagamentos a 60 dias. Naturalmente, o descontentamento dos funcionários da empresa tem consequências ao nível da prestação do serviço junto do HDS, situação que culminou na paragem de todos os trabalhadores e numa greve realizada em Outubro.