03/07/19

OESTE: sobre a necessidade de electrificação da ferrovia

https://www.abrilabril.pt/local/sem-electrificacao-nao-ha-modernizacao-da-linha-do-oeste

«Sem electrificação, não há modernização da Linha do Oeste»


A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste defende que, sem electrificação e um número suficiente de composições para garantir novos horários, a modernização deste eixo ferroviário está posta em causa.
Créditos/ Gazeta das Caldas
Para a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO) é «preocupante» que os prazos de abertura do concurso para a obra de execução do Plano de Modernização sejam «sucessivamente adiados».
«Agora, de acordo com informação da Secretaria de Estado das Infraestruturas, este mesmo concurso será dividido em dois», lê-se num comunicado, esclarecendo que um, para o troço Meleças – Torres Vedras, seria aberto em Julho e, o outro, correspondente ao troço Torres Vedras – Caldas da Rainha, tem abertura prevista para Setembro ou Outubro.
O cenário traz preocupações aos utentes relativamente à possibilidade de regressarem as supressões de horários e os autocarros para substituir os comboios, com a CPDLO a defender que ambas as medidas contribuem para afastar passageiros deste eixo ferroviário.
«Só na semana de 24 a 30 de Junho, foram suprimidas 14 ligações por falta de material avariado que não foi reparado a tempo pela CP», alerta-se no comunicado, sendo os horários do início da manhã e os de fim da tarde, no troço entre Caldas da Rainha e Leiria, «os mais atingidos».
A comissão aproveita ainda para salientar que a medida anunciada pelo Governo na semana passada, referente à admissão de 120 novos trabalhadores para a CP e de 67 para a EMEF, «sendo um passo em frente», representa apenas «uma pequena parte» do que se perdeu nos últimos 15 anos – 1224 na CP e 522 na EMEF.
A par do reforço de pessoal, e tendo em conta a morosidade associada à aquisição de novo material circulante, «incompatível com as necessidades urgentes [...] designadamente na Linha do Oeste», os utentes insistem na importância da recuperação do material imobilizado através das oficinas da CP, também para reduzir a dependência de outros países. «A reabertura da oficina de Guifões alarga a capacidade de intervenção da EMEF e cria mais postos de trabalho», ilustra-se no texto.
A CPDLO exige ainda que o anúncio da integração da EMEF na CP não passe de «mera promessa» eleitoral.