27/05/08

Consumo das famílias reduz para níveis preocupantes

Lisboa, 27 de Maio de 2008

Devido aos baixos salários, valores das reformas e pensões e aos sucessivos aumentos dos bens e serviços a maioria das famílias portuguesas vêem-se obrigadas a reduzir os seus consumos, bens alimentares incluídos e vêem aumentar consideravelmente as suas dificuldades para saldarem compromissos financeiros assumidos nomeadamente empréstimos bancários.
Quando os combustíveis aumentam quase todos os dias, quando os aumentos do leite, arroz, óleos, massas e farinhas atingem no ano de 2007 valores percentuais de 74%, 71%, 36%, 34% e 24% respectivamente.
Quando a somar a estes aumentos o país importa entre 60% a 80% de produtos para a alimentação, 80% de cereais e 45% de arroz e o que oferecem aos agricultores são subsídios para não produzirem, é evidente que o resultado só pode ser o que referimos.
Todas estas situações acontecem porque os anteriores e actual Governo têm produzido políticas de direita e de pura capitulação perante as exigências e interesses dos grandes países europeus que ditam leis a partir de Bruxelas e do capital português representado por grandes grupos económicos cujo objectivo do lucro não tem limites à custa dos sacrifícios da maioria dos portugueses e da própria economia nacional.
Como não acreditamos que nem o Governo empenhado como está em entregar a encomenda com o produto exigido pelo capital nem o próprio Presidente da República que também se identifica com o mesmo tomem decisões que se impõem para que as populações e trabalhadores vejam salvaguardados os seus direitos através de melhor e maior justiça social, compete na nossa opinião às respectivas populações e trabalhadores desenvolverem iniciativas e acções de protesto, indignação e reivindicação com o objectivo de que os mesmos sejam garantidos em conformidade com a Constituição da República Portuguesa.

Grupo Permanente do MUSP