08/09/10

Cerca de quinhentos medicamentos deixaram de estar no mercado dos fármacos

Lisboa, 08 de Setembro de 2010

Parte muito significativa destes cerca de quinhentos medicamentos não vão mais regressar ao mercado porque deixaram de ser produzidos com o argumento de que não dão lucro, outros tantos regressarão quando a sua comercialização se tornar lucrativa.
Alguns destes medicamentos são mesmo insubstituíveis e outros há que se assumem como de extrema importância para o tratamento de doentes com cancro, doenças raras e cardiovasculares, mas o quê que isto representa se comparado com os interesses económicos e financeiros dos produtores dos medicamentos?
Quando os argumentos dos interesses económicos e financeiros se sobrepõem ao valor e interesse da vida humana, são no mínimo argumentos brutais e chocantes.
Sobre esta situação que tem tanto de grave como de preocupante o Governo nada faz e pouco diz, admitindo mesmo que a situação poderá ser resolvida com uma revisão excepcional dos preços de alguns destes medicamentos.
É por esta e por muitas outras situações iguais que acontecem nas áreas da produção e comercialização dos medicamentos com benefícios leoninos para os grupos económicos e prejuízos evidentes para os utentes e a própria economia nacional, que o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP tem por diversas vezes manifestado a opinião de que é urgente e necessário proceder a profundas alterações na política do medicamento, opinião que os anteriores e actual Governo não têm considerado, porque estiveram e estão em sintonia com os interesses dos grupos económicos.
Grupo Permanente do MUSP