28/09/18

ALGARVE: pela valorização do transporte ferroviário

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Utentes do Algarve protestam contra exclusão de pessoas da ferrovia
 Dinheiro Vivo/Lusa 26.09.2018 / 19:38 

A Comissão de Utentes da Linha do Algarve (CULA) lamentou o problema tenha vindo a piorar na região algarvia ao longo dos últimos meses. A seguir AEP critica "desarticulação" ibérica quanto a investimentos na ferrovia Mais vistas A Comissão de Utentes da Linha do Algarve (CULA) lamentou esta quarta-feira que os problemas que afetam o serviço ferroviário em todo o país estejam a excluir as pessoas de utilizar este transporte.

Greve da CP provoca perturbações nas ligações ferroviárias

“É absolutamente ridículo. Se todos os dias falamos em sustentabilidade ou em mobilidade, de criar mais ciclovias e usar menos os carros, depois fazemos isto, excluímos as pessoas da ferrovia?”, questionou Ana Tarrafa, dirigente da CULA. Ana Tarrafa falava à agência Lusa à margem de uma iniciativa promovida pela Plataforma Para a Defesa do Serviço Público Ferroviário, contra o estado deste, realizada junto à estação ferroviária de Faro. A dirigente frisou que a situação, “sendo um problema nacional”, tem vindo a piorar na região algarvia ao longo dos últimos meses, com “denúncias quase diárias” sobre comboios suprimidos e viagens em autocarros de substituição, atrasos de mais de uma hora para chegar ao destino, ou estações e apeadeiros encerrados. “Os horários estão desregulados face aos horários laborais e desregulados relativamente à articulação com outros meios de transporte, até porque há estações situadas fora das cidades, como em Loulé ou Albufeira, afastando a população local da sua utilização”, acrescentou. Também os turistas se confessam “chocados” quando observam a situação do transporte ferroviário no Algarve que a comissão de utentes, criada há poucos meses, caracteriza como “verdadeiramente vergonhosa”. “Há uma grande quantidade de turistas, essencialmente estrangeiros, habituados a andar de comboio nos seus países, que chegam aqui, a um país supostamente desenvolvido, e andam em comboios com 50 anos a diesel. Ficam chocados”, assegurou Ana Tarrafa. Além da adaptação de horários, a dirigente da CULA pediu “mais investimento no serviço público ferroviário”, nomeadamente a modernização das infraestruturas, do material circulante e das instalações e o reforço de trabalhadores das empresas ligadas ao setor. A ação de protesto em Faro, que contou com cerca de duas dezenas de pessoas, está incluída numa campanha nacional da recém-criada Plataforma Para a Defesa do Serviço Público Ferroviário, que integra mais de duas dezenas de organizações sindicais, comissões de trabalhadores e comissões de utentes.