"O Metro do Porto já circula sobrelotado e penso que, com a entrada em vigor desta medida, provavelmente não irá ter capacidade de resposta. No caso da STCP, as circunstâncias são exatamente as mesmas. Em determinadas horas e em determinadas linhas, os autocarros circulam lotados e preocupa-nos que, no futuro, a situação se possa agravar", explicou à Lusa Carlos Pinto, do Movimento de Utentes dos Transportes da AMP.
Para o representante, apesar de o passe único ser um instrumento de incentivo à utilização do transporte público, não se pode ignorar os constrangimentos que a sua entrada em vigor pode causar, inclusive no que respeita à utilização do passe único nos 17 concelhos que compõem a área metropolitana.
Carlos Pinto considerou que a data apontada pela AMP para o funcionamento em pleno do sistema (01 de maio) é "demasiada curta", temendo mesmo que em relação aos operadores privados que ainda não integram o sistema intermodal Andante o passe único possa não entrar em vigor tão rapidamente quando o esperado.
Além disso, acrescentou, há uma preocupação relativamente à oferta de transportes na AMP, que já é deficitária.