07/12/06

Reestruturação dos Serviços de Urgência Hospitalares

(Nota à Comunicação Social)



Lisboa 06 de Dezembro de 2006

O Governo, através do Ministério da Saúde, continua a sua ofensiva política contra o Serviço Nacional de Saúde e respectivos trabalhadores, retirando direitos aos utentes, encarecendo os custos dos cuidados de Saúde, dificultando cada vez mais o acesso aos mesmos.

Depois do encerramento da extensões dos Centros de Saúde, de S.A.P.s, C.A.T.U.s, Maternidades e encurtando o horário de funcionamento de outros, o Governo vem agora anunciar a reestruturação dos Serviços de Urgência Hospitalar, havendo mesmo alguns que o Ministério pretende encerrar.

As situações referidas não contribuíram nem para melhorar a qualidade dos cuidados de Saúde prestados nem para reduzir o número de utentes sem médico de família (cerca de um milhão de cidadãos), nem para baixar o número de utentes que esperam há largos meses, alguns há mais de um ano, por uma intervenção cirúrgica (cerca de 230 mil) e muito menos para reduzir os custos que os utentes têm de pagar para ter acesso aos Serviços de Saúde, antes têm contribuído para a entrega de Serviços ao capital privado à custa da destruição do Serviço Nacional de Saúde e da sua degradação.

Considerando que as medidas já tomadas, e as que agora foram anunciadas, não responderam nem vão responder quer aos anseios e necessidades dos utentes quer à melhoria dos Serviços mas sim aos interesses egoístas dos grandes grupos económicos e a uma política de redução de custos na área dos Serviços Públicos e funções sociais do Estado, o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) manifesta-se contra as mesmas, exigindo sim a aplicação de medidas que reforcem e melhorem o Serviço Nacional de Saúde.

Grupo Permanente do MUSP