05/01/07

Os Portugueses vão pagar mais caro os Serviços e os bens de consumo


(Nota à Comunicação Social)


Lisboa 05 de Janeiro de 2007

O Primeiro Ministro, através da mensagem de Natal transmitida pela televisão para todos os Portugueses, falou sobre um País virtual que a grande maioria destes não conhece nem se revê nele, omitindo ou fingindo o Primeiro Ministro não conhecer ou saber que o País real que a grande maioria dos Portugueses conhece e faz parte é aquele onde diariamente acontecem os despedimentos, onde os salários aumentam, os que aumentam, em valores inferiores aos da inflação, onde aumentam os custos dos transportes, da electricidade, do pão, dos combustíveis, das portagens e taxas moderadoras, onde são criadas novas taxas para os internamentos e tratamentos ambulatórios nos Hospitais, onde são aumentados os subsídios para o Ensino Privado mas reduzidos os valores para o Ensino Público, onde são encerrados Serviços de Saúde, estações e postos dos CTT, escolas, postos da GNR, onde são suprimidos transportes onde são aumentados os custos para acesso aos tribunais, onde constantemente e de forma deliberada e intencional são acusados de maus funcionários os trabalhadores da Função Pública, onde por proposta do Governo é aprovada uma lei que põe em causa o futuro da Segurança Social e os direitos dos reformados, onde os deficientes vêem ser-lhes retirados direitos que tinham por sofrerem de deficiência, onde a Banca e os grandes negócios feitos através de operações bolsistas que geram lucros fabulosos pagam, quando pagam, impostos de valores menores dos que os cobrados às restantes empresas, incluindo as pequenas, onde é dada luz verde à aquisição da PT através da OPA feita pelo Grupo Sonae que vai lesar o Estado em muitos milhões de Euros por não pagamento de impostos prejudicando também gravemente trabalhadores e clientes da PT.

Este sim é o País real, aquele para onde a grande maioria dos portugueses foi empurrada devido às políticas que este e os anteriores Governos desenvolveram, políticas que contribuíram para que os ricos sejam cada vez mais ricos e os pobres sejam cada vez mais pobres, havendo mesmo cerca de dois milhões que vivem abaixo ou no limiar da pobreza.

É contra estas políticas pouco solidárias, geradoras de grandes injustiças sociais e discriminatórias entre regiões e cidadãos que o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) se manifesta, exortando os portugueses e portuguesas, enquanto utentes e trabalhadores e trabalhadoras, a também continuarem a fazê-lo exigindo políticas que tenham em conta o direito ao trabalho, a melhor qualidade de vida e bem estar através da prestação de melhores serviços e mais justiça social.


Grupo Permanente do MUSP