15/10/08

Nota à Imprensa


Tipo quero, posso e mando e perante a passividade do Governo as empresas petrolíferas continuam a comercializar os combustíveis aos preços que muito bem entendem e querem, situação que acentua como já em diversas oportunidades referimos as dificuldades económicas e financeiras das famílias e empresas, com implicações graves ao nível da própria economia nacional.
Não é compreensível e muito menos admissível que havendo uma tão significativa redução nos custos da aquisição do petróleo (entre 50 a 60 dólares por barril) o preço dos combustíveis se mantenha nos valores actuais.
Referia o Governo na altura em que liberalizou os preços dos combustíveis que a concorrência iria contribuir para os reduzir, pura mentira e o Governo sabia bem que tal decisão iria sim permitir que as empresas ficassem com as mãos livres para aumentar os preços quando e como quisessem, que à custa desses aumentos e do sacrifício das famílias e das empresas o Governo iria arrecadar mais dinheiro do imposto cobrado sobre os preços dos combustíveis e que também as petrolíferas aumentavam os seus lucros como tem acontecido.
Porque espera o Governo para tomar as medidas que se impõem obrigando estas empresas a praticar os preços em função dos custos da aquisição do petróleo, em Portugal comparativamente como a maioria dos países da Europa foi onde os preços dos combustíveis mais subiram e onde menos têm descido é um escândalo.
Face aos muitos protestos então manifestados o Governo anunciou em Maio ou Junho que a partir do dia 1 de Julho (inclusive) seria criado para a área dos transportes públicos o denominado gasóleo profissional, porque espera o Governo para concretizar tal anúncio.
Considerando as situações descritas o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP exige ao Governo que obrigue as empresas petrolíferas a baixar consideravelmente os preços dos combustíveis, que crie de imediato o gasóleo profissional com um preço de aquisição tabelado para o ano e que os preços dos títulos (bilhetes e passes) dos transportes públicos sejam também reduzidos.
Mais se permite o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP exortar as populações a manifestarem o seu protesto e desagrado face a tão grande escândalo, exigindo que o Governo assuma as suas responsabilidades em defesa das mesmas contra os lucros especulativos das empresas petrolíferas.

Grupo Permanente do MUSP