Com o consentimento do Governo a Administração dos CTT continua a concessionar a particulares e a proprietários de estabelecimentos comerciais a distribuição domiciliária da correspondência com todos os problemas que estas situações representam para a qualidade dos serviços, confidencialidade da correspondência e prazos de entrega.
Como é óbvio tais situações representam prejuízos e incómodos enormes para os utentes para além da perda de postos de trabalho e de direitos que afectam os trabalhadores da empresa.
Não é por acaso que o número de queixas apresentadas pelos utentes são na ordem dos milhares, números que são bastante elucidativos do descontentamento manifestado pelas populações pelos serviços que lhes são prestados.
Quando num serviço público de grande importância para as populações se privilegia a redução de custos em prejuízo da qualidade dos serviços e dos direitos dessas mesmas populações os resultados são os que referimos.
Como já fizemos em anteriores ocasiões voltamos a reafirmar a nossa total oposição ao prosseguimento da destruição dos serviços prestados pelos CTT, exigindo em simultâneo que o Governo assuma as suas responsabilidades e obrigue a empresa a proceder em conformidade com os níveis de qualidade dos serviços, confidencialidade da correspondência e prazos de entrega a que está obrigada por normas internacionais, para garantir direitos e interesses das populações assim como dos respectivos trabalhadores da empresa.
Grupo Permanente do MUSP