As
trabalhadoras do Centro de Deficientes Profundos João Paulo II, em Fátima,
estiveram esta manhã em protesto à porta da instituição por melhores condições
de trabalho e melhores condições para os utentes da instituição.
O
protesto à porta do Centro Social aconteceu enquanto no interior das
instalações decorria uma reunião da assembleia geral da União das Misericórdias
de Portugal.
As
principais reivindicações das trabalhadoras em protesto e do Sindicato do
Comércio, Serviços e Escritórios de Portugal (CESP) que as representa, foram no
sentido de a instituição cumprir de imediato com o pagamento do salário mínimo,
o pagamento do subsídios de turno e para que trabalhadoras com o horário
semanal de 37 horas passem a ser consideradas trabalhadores a tempo inteiro,
assim como lhe sejam atribuídos dois dias de folga semanal, direitos esses
previstos pela contratação coletiva e que não estão a ser cumpridos
atualmente pela instituição.
As
trabalhadoras e o CESP alertam ainda para a necessidade de melhores condições
para os utentes do Centro João Paulo II.
No
final do protesto ficou decidido que a luta iria continuar e que o próximo
passo será enviar uma carta aberta a todos os provedores da União das
Misericórdias de Portugal.
Em
resposta, e em declarações à agência Lusa, Carlos Andrade, membro do
secretariado nacional da União das Misericórdias Portuguesas, garantiu que “a
relação com os trabalhadores cumpre todas as regras”, não havendo queixas na
Autoridade para as Condições do Trabalho ou no Tribunal do Trabalho.
O responsável acrescentou que apenas houve um
pedido do sindicato para uma reunião de trabalhadores à mesma hora do protesto,
o que não foi possível atender.