Todos os dias nos chegam
informações sobre o deficiente serviço que é prestado nas urgências das
unidades hospitalares do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Disso também têm
feito eco a comunicação social local e regional. Esta segunda, nas três
urgências utentes que chegam às sete horas de espera, com todos os constrangimentos
que isso implica em termos clínicos, familiares e até nas condições de
alimentação que têm de fazer no local.
Não estão só em causa os
tempos de espera para os atendimentos, em alguns casos está em causa a
qualidade dos serviços prestados e o sofrimento a que são sujeitos alguns
utentes que se deslocam às urgências.
Dois constrangimentos de
raiz contribuem para os recorrentes problemas na urgência do CHMT: a
concentração da urgência médico-cirúrgica e o crónico subfinanciamento dos
hospitais. Ambas as questões são da responsabilidade do Ministério da Saúde.
Protestam os utentes e
familiares pelas demoras e pelo corrupio constante entre as urgências básicas
de Tomar e Torres Novas e a urgência médico-cirúrgica de Abrantes, tendo de
percorrer dezenas e dezenas de quilómetros.
Protestam os profissionais
por serem poucos e não terem condições de funcionamento.
Protestam as corporações de
bombeiros pelo demasiado tempo de espera, o que põe em causa muitas vezes o 2º.
Serviço.
Infelizmente esta situação
não é exclusiva do Médio Tejo. Problemas com as urgências sucedem um pouco por
todo o País. Tememos que a situação se agrave em caso de confirmação do surto
gripal.
Urge resolver os problemas
de funcionamento das urgências em defesa da dignidade e vida humanas.
A Comissão de Utentes da Saúde
do Médio Tejo