06/01/15

MAU FUNCIONAMENTO DAS URGÊNCIAS DO CENTRO HOSPITALAR MÉDIO TEJO Coloca em causa a dignidade (e por vezes a vida) de quem a elas recorre

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Todos os dias nos chegam informações sobre o deficiente serviço que é prestado nas urgências das unidades hospitalares do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Disso também têm feito eco a comunicação social local e regional. Esta segunda, nas três urgências utentes que chegam às sete horas de espera, com todos os constrangimentos que isso implica em termos clínicos, familiares e até nas condições de alimentação que têm de fazer no local.

Não estão só em causa os tempos de espera para os atendimentos, em alguns casos está em causa a qualidade dos serviços prestados e o sofrimento a que são sujeitos alguns utentes que se deslocam às urgências.

Dois constrangimentos de raiz contribuem para os recorrentes problemas na urgência do CHMT: a concentração da urgência médico-cirúrgica e o crónico subfinanciamento dos hospitais. Ambas as questões são da responsabilidade do Ministério da Saúde.

Protestam os utentes e familiares pelas demoras e pelo corrupio constante entre as urgências básicas de Tomar e Torres Novas e a urgência médico-cirúrgica de Abrantes, tendo de percorrer dezenas e dezenas de quilómetros.

Protestam os profissionais por serem poucos e não terem condições de funcionamento.

Protestam as corporações de bombeiros pelo demasiado tempo de espera, o que põe em causa muitas vezes o 2º. Serviço.

Infelizmente esta situação não é exclusiva do Médio Tejo. Problemas com as urgências sucedem um pouco por todo o País. Tememos que a situação se agrave em caso de confirmação do surto gripal.

Urge resolver os problemas de funcionamento das urgências em defesa da dignidade e vida humanas.
 
                                               A Comissão de Utentes da Saúde
                                                               do Médio Tejo
 
Médio Tejo, 5.jan.2014