Os Utentes da Linha de Sinta estão a recolher assinaturas a exigir: • O fim das supressões e atrasos sistemáticos, repondo um nível de oferta superior ao actual em pelo menos mais 10%, e articulando o transporte ferroviário com os restantes meios da Área Metropolitana de Lisboa; • A contratação imediata dos trabalhadores necessários a dotar a EMEF da capacidade de resposta à reparação e manutenção do material circulante da CP; • A contratação imediata dos trabalhadores necessários a dotar as Estações da Linha de Sintra do pessoal necessário à abertura das bilheteiras e postos de informação, à manutenção e segurança das estações e ao apoio aos utentes; • A criação, junto das estações, de espaços de estacionamento gratuito; • A requalificação da Estação de Algueirão Mem-Martins.
Subscreva o abaixo assinado através da página Petição Pública!
Com a Revolução de Abril que este ano comemora o seu 45º. aniversário, o povo português conseguiu ver aberto o caminho para conquistar um conjunto alargado de serviços públicos e de medidas com enorme alcance social que lhe permitiram melhorar substancialmente as suas condições de vida.
De norte a sul do país, as populações movimentaram-se e participaram na resolução de muitos dos problemas com que se confrontavam - desde abertura de caminhos e estradas, levar a água canalizada e o saneamento a muitos lugares, a construção de escolas, os transportes públicos, entre outros.
Uma movimentação e conquista que levou a que a Constituição da República Portuguesa, aprovada em 2 de Abril de 1976, tivesse consagrado no seu texto muitos destes serviços públicos como direitos do povo português.
De então para cá, com maior incidência e profundidade a partir de início dos anos noventa, os diversos governos, sob a pressão dos grupos económicos privados, desenvolveram um processo de desvalorização e agravamento das condições de acesso aos serviços públicos, visando a sua entrega aos privados com as consequências que estão á vista de todos.
Encerramentos, cortes na oferta e degradação do serviços, como a que se verifica no serviço postal onde, desde 2009 até hoje, encerraram 356 estações e postos de correio, 107 centros de distribuição postal, e mais de 35 concelhos não tem qualquer estação ou posto de correios, ou na saúde, com as dezenas de valências hospitalares encerradas pelo País e a manutenção da falta de centros de saúde e de médicos e enfermeiros e outros profissionais em todos os níveis do Serviço Nacional de Saúde, ou nos transportes públicos com os enormes cortes na oferta verificados em todos os modos de transporte e na enorme degradação do material circulante ao serviço das populações, ou no serviço público eléctricocom o elevado preço que os utentes pagam pela electricidade, para além de que com a privatização reduziu-se o investimento na rede e aumentou-se o preço de todos os serviços que a empresa presta aos utentes e ainda o tempo permitido à empresa para repor a electricidade após avaria. A tudo isto acresce o encerramento de tribunais e outros serviços descentralizados da administração pública e a extinção de mais de 1.100 freguesias.
O Movimento dos Utentes de Serviços Públicos considera que há que inverter o caminho de destruição dos serviços públicos que tem sido trilhado nestas últimas décadas, com o descapitalizar das empresas públicas, com os bloqueios à contratação de trabalhadores, com o degradar do serviço e o encerramento de valências e a privatização de sectores importantes para a vida dos portugueses.
Assim, os utentes dos serviços públicos colocam, neste ano em que se comemora o 45º. aniversário do 25 de Abril e os 40 anos do SNS e em que se realizarão diversas eleições, as seguintes reivindicações imediatas e pelas quais se irão bater:
Na Saúde
A urgente admissão para o quadro dos profissionais em falta e a dignificação e valorização do seu trabalho; o alargamento da rede de cuidados de saúde primários, a sua organização e articulação com os cuidados hospitalares, continuados, de reabilitação e paliativos; a reabertura de muitas das valências encerradas na rede hospitalar existente e o investimento em novas infraestruturas e na modernização e ampliação das existentes.
Nos Transportes e Acessibilidades
O reforço e alargamento da oferta em todos os modos de transporte e em todo o território nacional, o reforço do investimento em novo material circulante, a manutenção do material actualmente ao serviço; a criação em todo o território nacional de passes intermodais que cubram todos os operadores que intervêm em cada região e que estes não tenham um valor superior a 30 euros no concelho e 40 euros na região.
Abolição das portagens nas ex-SCUTS e noutras vias sem alternativa viável, fim das parcerias público-privadas no sector, investir na melhoria das vias de comunicação degradadas.
No Serviço Postal
O fim da nefasta privatização, com o regresso à posse pública dos CTT; um plano de admissão dos trabalhadores em falta e de reabertura das estações e postos de correios; paragem do processo em curso visando o encerramento dos Centros de Distribuição Postal.
Água, Saneamento e Resíduos
A reversão da privatização da EGF-Empresa Geral do Fomento, o estabelecimento de um plano nacional de modernização da rede de recolha e tratamento de resíduos urbanos e se incorpore na estrutura empresarial pública a componente do tratamento de resíduos industriais e perigosos.
A promoção no grupo Águas de Portugal do aproveitamento pleno de todas as suas componentes, nomeadamente através da partilha de serviços entre empresas, o fim da externalização de serviços, a admissão dos trabalhadores em falta, e se estabeleça um plano faseado de investimento nas redes de distribuição e tratamento de águas para consumo e resíduais, bem como eliminação das concessões a empresas.
Serviços Bancários
A redução das taxas pagas por serviços bancários e a garantia de serviços mínimos para manutenção de conta sem custos para os utentes, que a CGD - banco público - reabra os balcões que encerrou e promova a expansão da rede multibanco pelo todo do território nacional.
Telecomunicações
A redução dos tarifários pagos pelos utentes, melhoria do acesso aos vários serviços em todo o território nacional e uma maior liberdade de escolha dos utentes de qual o operador e os serviços que pretende.
Energia
A redução do preço pago pelos consumidores domésticos de electricidade e gás natural, pela redução do preço do gás engarrafado e que sejam ressarcidos pelo valor do gás não consumido em cada garrafa.
Acesso à justiça
Redução das custas judiciais como elemento nuclear no acesso dos cidadãos à justiça a par da reabertura de tribunais e a sua dotação com os meios humanos técnicos e necessários.
Educação
Valorização da Escola Pública, investimento na manutenção, conservação e modernização do parque escolar existente, a construção de novos equipamentos em falta e a admissão de todos os profissionais em falta na rede escolar.
(aprovado em reunião da Direcção Nacional do MUSP)
Utentes do Porto preocupados com capacidade de resposta dos operadores com passe único
Utentes da Área Metropolitana do Porto estão preocupados com a capacidade de resposta dos transportes com a entrada em vigor do passe único e temem que o problema da sobrelotação se agrave a partir de 01 de abril.
LUSA; ESTELA SILVA
"O Metro do Porto já circula sobrelotado e penso que, com a entrada em vigor desta medida, provavelmente não irá ter capacidade de resposta. No caso da STCP, as circunstâncias são exatamente as mesmas. Em determinadas horas e em determinadas linhas, os autocarros circulam lotados e preocupa-nos que, no futuro, a situação se possa agravar", explicou à Lusa Carlos Pinto, do Movimento de Utentes dos Transportes da AMP.
Para o representante, apesar de o passe único ser um instrumento de incentivo à utilização do transporte público, não se pode ignorar os constrangimentos que a sua entrada em vigor pode causar, inclusive no que respeita à utilização do passe único nos 17 concelhos que compõem a área metropolitana.
Carlos Pinto considerou que a data apontada pela AMP para o funcionamento em pleno do sistema (01 de maio) é "demasiada curta", temendo mesmo que em relação aos operadores privados que ainda não integram o sistema intermodal Andante o passe único possa não entrar em vigor tão rapidamente quando o esperado.
Além disso, acrescentou, há uma preocupação relativamente à oferta de transportes na AMP, que já é deficitária.
Utentes da Pontinha protestam contra caos no centro de saúde da Urmeira em Odivelas
A Comissão de Utentes de Saúde da freguesia da Pontinha, concelho de Odivelas, manifestam-se na segunda-feira em frente ao centro de saúde da Urmeira, ao qual estão atribuídos, para denunciar os problemas existentes naquela unidade.
m causa está, segundo explicou à Lusa Gloria Salvado Lagarta, da Comissão de Utentes de Saúde da Freguesia da Pontinha, as inúmeras queixas relativas a um conjunto de problemas internos e estruturais.
Gloria Salvado Lagarta refere que o centro de saúde da extensão da Urmeira, na freguesia da Pontinha, localizado no concelho de Odivelas, "recebe muita gente da Pontinha, visto que é um posto de saúde de extensão".
"As principais queixas são em relação à fila de espera que existe neste local", acrescenta, realçando que "o atendimento é insuficiente".
"A funcionária administrativa não está lá sempre porque ou vai almoçar, ou vai tomar café, e nesse período de tempo só está lá um segurança do posto que atende os utentes", relatou.
Quanto às estruturas existentes, Gloria Lagarto lamenta que os gabinetes não sejam "em número suficiente para os médicos", nem haja "condições de infraestruturas adequadas para os serviços".
Outro dos motivos que salienta é a falta de transporte para os idosos, que representam "grande parte dos utentes" deste posto de saúde.
A comissão entrou em contacto com a Junta de Freguesia da Pontinha, tendo sido realizada uma reunião, mas a entidade "não consegue ajudar nem dar respostas".
O protesto dos utentes de saúde da Pontinha está marcado para as 18:00 de segunda-feira, em frente ao centro de saúde da Urmeira.
"Estamos à espera de muita gente mesmo, aliás o protesto está marcado para essa hora porque as pessoas saem do trabalho e vão", indicou.
Gloria Lagarta terminou defendendo que "este é um caso de grande necessidade, porque, no fundo, são imensas as pessoas que sofrem com os problemas deste centro de saúde".
Contactada pela agência Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não quis, para já, pronunciar-se sobre e assunto.
Já em 2017, os utentes da Pontinha foram obrigados a deslocar-se para Carnide (Lisboa) ou para a extensão da Urmeira (Odivelas), queixando-se já nessa altura do atendimento e da longa lista de espera.
Utentes da saúde do Médio Tejo apresentam propostas para "marcar agenda política"
Utentes da saúde da região do Médio Tejo apresentaram hoje um conjunto de propostas para valorizar os serviços públicos de proximidade, medidas que entendem dever "marcar a agenda política" em ano de eleições.
As reivindicações hoje apresentadas, no salão da Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, em Abrantes, distrito de Santarém, assentam em "investimentos que permitam dar continuidade à valorização dos serviços de saúde de proximidade prestados" à população da região do Médio Tejo, e que passam pela "abertura de todos os postos de saúde com serviços médicos e de enfermagem e aquisição de unidades de saúde móveis", que permitam prestar serviço nos 13 municípios da região.
A reunião foi promovida pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes, que faz parte do Médio Tejo, e pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo.
As duas entidades defendem a "necessidade premente" de dois outros investimentos e que passam pela conclusão, até ao final do ano, das obras de requalificação dos serviços de Urgência da unidade hospitalar de Abrantes e a aquisição de um aparelho de ressonância magnética para o Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Luís Alves, um dos porta-vozes daquelas estruturas, disse à Lusa que "a grande questão centra-se na dispersão de um território com população muito envelhecida e de fracas posses", defendendo que os cuidados médicos "devem existir nas aldeias e ir ao encontro das populações e não ao contrário, obrigando as pessoas a terem de sair das suas aldeias para irem à cidade ou às Unidades de Saúde Familiar (USF)".
O município de Abrantes foi dado como exemplo, tendo sido referida a existência de "três USF separadas por dois quilómetros em linha reta", duas na sede do concelho e outra nas imediações.
"Os polos de saúde devem estar todos abertos, com instalações condignas e serviços médicos e de enfermagem, investindo-se nos edifícios e nos profissionais de saúde, e as unidades móveis de saúde deveriam também percorrer estes lugares e aldeias para atendimentos aos cidadãos com determinadas patologias, com evidentes ganhos de qualidade e comodidade para as pessoas", defendeu Luís Alves.
Já Manuel Soares, também porta-voz daqueles "movimentos apolíticos, de opinião e reivindicativos", disse que as propostas defendidas pelas comissões de utentes decorrem do facto de este "ser um ano eleitoral e pretender, assim, marcar a agenda política e contribuir para um debate sério e esclarecido, com factos e propostas concretas", com os representantes dos partidos que se vão apresentar a votos.
"O tema da saúde é uma questão incontornável no debate político e temos vindo a reunir com diversas entidades com responsabilidades na área da saúde, da política, e da governação local e regional para dar conta do balanço que fazemos do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos na região e apresentarmos as nossas reivindicações em ano eleitoral", notou.
Neste "balanço", Manuel Soares registou as "melhorias significativas nos serviços nos últimos três a quatro anos", e manifestou a expectativa que "o programado venha a ser construído e concretizado" pelas autoridades de saúde.
As reivindicações hoje apresentadas "vão ser dadas a conhecer a todas as entidades com capacidade de decisão", concluiu.
Comissão Utentes Serviços Públicos Barreiro apela ao reforço das frotas de transportes Congratula-se com novo passe social na Área Metropolitana de Lisboa
. Reivindicação da gratuitidade do estacionamento nos parques na estação da FERTAGUS em Coina e no Terminal Rodo, Ferro fluvial do Barreiro.
. Lastimável estado em que se encontram o parque de estacionamento no Barreiro e os terrenos adjacentes ao terminal fluvial
A CUSPAS decidiu solicitar entrevistas às administrações da SOFLUSA, FERTAGUS, TST, TCB, IP – Infraestruturas de Portugal e CP, para colocar em cima da mesa as preocupações e reclamações de milhares de utentes da região do Barreiro.
Perante a próxima concretização do novo passe social na Área Metropolitana de Lisboa, AML, a CUSPAS - Comissão Utentes Serviços Públicos Barreiro, congratulou-se com tal medida não deixando de relembrar que, caso não sejam tomadas medidas de reforço das frotas de transportes, da sua manutenção e caso não sejam considerados resolver alguns problemas de falta de pessoal e de material circulante, o novo passe social da AML corre o risco de ficar “a meio da ponte” e de frustrar expectativas face ao mais que esperado e desejável aumento da procura dos transportes públicos.
Neste sentido a CUSPAS decidiu solicitar entrevistas às administrações da SOFLUSA, FERTAGUS, TST, TCB, IP – Infraestruturas de Portugal e CP. Tais entrevistas servirão para colocar em cima da mesa as preocupações e reclamações de milhares de utentes da região do Barreiro.
Nestas entrevistas a CUSPAS irá ainda colocar a reivindicação da gratuitidade do estacionamento nos parques, nomeadamente na estação da FERTAGUS em Coina e no terminal rodo, ferro fluvial do Barreiro.
A CUSPAS irá chamar ainda a atenção para o lastimável estado em que se encontram o parque de estacionamento no Barreiro e os terrenos adjacentes ao terminal fluvial onde, todos os dias, centenas de pessoas estacionam as suas viaturas sem qualquer segurança. O aumento do número de veículos particulares é também um sintoma da incapacidade de resposta dos transportes públicos face às necessidades de deslocação dos cidadãos, salienta a Comissão Utentes Serviços Públicos Barreiro.
Utentes de transportes exigem a criação de postos de informações e atendimento em todos os terminais de transportes da margem Sul, em horários alargados e com a capacidade de receber e entregar o Cartão Lisboa Viva.
Os Utentes de transportes públicos saúdam todos aqueles que ao longo de anos lutaram para que o Passe Social Intermodal diminuísse o seu custo e abrangesse todos os operadores e toda a área metropolitana de Lisboa.
A entrada em vigor, a partir do próximo mês, de um Passe Social único para todos os transportes públicos e toda área metropolitana de Lisboa, é uma medida que saudamos.
A partir de Abril todos os utentes podem aceder a qualquer transporte público por € 30,00 mensais (se necessitarem de circular apenas em um município) ou por € 40,00 mensais (se circularem em mais que um município, seja esse qual for, desde que faça parte da área metropolitana de Lisboa). Acrescendo ainda que o máximo que uma família irá despender com o serviço de transportes são € 80,00 mensais, quer o agregado familiar tenha dois, três, quatro, ou mais elementos, o máximo que se paga são € 80,00 por família.
Esta é uma VITÓRIA dos Utentes e das suas Comissões.
Esta é uma conquista no nosso direito à mobilidade e a uma vida melhor.
Perspetivando-se uma maior afluência de utentes aos transportes públicos (basta ver que numa família de quatro pessoas, duas vão ter o Passe gratuito), há que acautelar desde já os serviços necessários para o esclarecimento dos utentes e para o processamento dos Passes (Cartões Lisboa Viva).
Esta questão é tão mais importante quanto hoje, para além de serem diminutos os locais onde se podem efetuar os pedidos de emissão do Cartão Lisboa Viva, este demora mais de uma semana a ser entregue, sendo os pedidos urgentes processados até 48 horas.
Não podemos aceitar que as expectativas criadas por esta decisão sejam frustradas pela falta de informação e desarticulação das entidades responsáveis.
Assim as Comissões de Utentes de Almada, Barreiro, Montijo e Seixal reclamaram hoje junto do Governo, da AML e dos operadores de transporte a instalação de postos de atendimento aos utentes em todos os terminais de transportes da margem Sul, em horários alargados e com a capacidade de prestar as informações necessárias sobre as alterações em curso, receber pedidos e entregar os títulos de transporte, já a partir de 15 de março, de modo a evitar filas e o congestionamento de serviços nos últimos dias do mês.
Com os melhores cumprimentos,
A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul
A Comissão de Utentes de Serviços Públicos do Barreiro
A Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho
A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos Rodoviários de Montijo
Face ao agravamento dos problemas na Transtejo, a Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul exige que o governo passe dos anúncios às ações!
Depois do anúncio da aquisição de 10 novos navios para a Transtejo e para a Soflusa, depois do anúncio do reforço de verbas para a manutenção da frota (que tinha sido rejeitado no orçamento para 2018), a proposta de Orçamento de Estado para 2019 prevê 875 mil euros para estas empresas, o que é manifestamente insuficiente!
Os utentes da Transtejo e da Soflusa não atravessam o rio com anúncios de futuros barcos, de futuras manutenções, da futura contratação de trabalhadores.
Os utentes de transportes valorizam a adesão dos responsáveis da Área Metropolitana de Lisboa à defesa de um passe intermodal único para a área metropolitana, tal como as várias comissões de utentes e alguns autarcas têm vindo a defender ao longo dos anos. Um passe que abranja todos os operadores e todas as linhas (é de recordar que ainda hoje a Transportes Sul do Tejo não aceita o Passe Social em algumas das linhas dentro do concelho de Almada).
Mas os utentes de transportes estão cheios de anúncios e exigem respostas concretas aos problemas do setor. Não se pode esperar que as pessoas prefiram utilizar o transporte público em detrimento do transporte individual, quando este não é minimamente fiável (como se passa com o serviço que tem sido prestado pela Transtejo e Soflusa).
Estas últimas semanas têm sido críticas no serviço prestado pela Transtejo, com a sucessiva supressão de ligações entre Cacilhas e o Cais do Sodré, pelo que é urgente dotar esta empresa de mais barcos, da séria manutenção dos equipamentos existentes e de mais trabalhadores!
Assim, a Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul enviou para o Governo, para os Grupos Parlamentares e para a Área Metropolitana de Lisboa a denúncia do que se tem estado a passar com a Transtejo.
Esta Comissão de Utentes tem ainda uma reunião agendada com a Câmara Municipal de Almada onde vai solicitar à autarquia que tome posição sobre esta matéria e que exija o reforço imediato dos meios da Transtejo e a regularização do serviço público de transporte de passageiros entre as duas margens do rio Tejo.
A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul
Utentes da Marinha Grande aplaudem acesso de toda a população a médico
A Comissão de Utentes em Defesa do SAP 24h da Marinha Grande aplaudiu hoje a contratação de clínicos, o que "garante, a toda a população, médico de família".
Em nota de imprensa, a comissão de utentes salientou que a "unidade e mobilização" da população do concelho da Marinha Grande, no distrito de Leiria, a "participação e insistência permanente (...) permitiram garantir a satisfação de uma das suas reivindicações mais importantes, o direito a ter médico de família para toda a população".
A comissão salientou ainda que o trabalho conjunto permitiu também, "contra 'ventos e marés' e contra os 'arautos da desgraça', manter o funcionamento do SAP [Serviço de Atendimento Permanente] durante as 24 horas".
"Muitos dos utentes puderam constatar, em particular no período do pico de gripes, a importância fundamental deste Serviço de Atendimento Permanente, evitando como única alternativa, aos doentes necessitados de tratamento, as filas do Serviço de Urgência do Hospital de Leiria, entupindo-o ainda mais", sublinha o comunicado.
A Comissão de Utentes garantiu, contudo, que "continuará a exigir que o funcionamento do SAP seja assegurado por médicos contratados pelo Ministério da Saúde e não por empresas particulares".
Na nota enviada à agência Lusa, esta entidade considera também "inaceitável que tenham sido deslocados, desde há vários meses, serviços médicos e de enfermagem para gabinetes sem as condições adequadas, tendo os pacientes em tratamento que aguardar nos corredores, com a promessa do início imediato das obras no centro de saúde, que estava previsto para setembro de 2018".
"Os meses passam e esta situação de 'caos' mantém-se, com as inevitáveis consequências para os utentes e para o exercício da atividade dos profissionais de saúde, existindo como única 'explicação oficial': espera do visto do Tribunal de Contas", denuncia a comissão.
A comissão manifestou ainda "solidariedade com a doutora Carolina Aires, da extensão de Saúde da Vieira de Leiria", que, durante o "exercício escrupuloso das suas funções médicas, foi alvo de injúrias e ameaças por parte de um utente".
Segundo fonte do Agrupamento dos Centros de Saúde do Pinhal Litoral, ao longo do ano de 2018 entraram cinco médicos para o Centro de Saúde da Marinha Grande e respetivas extensões, sendo quatro efetivos e um contratado.
Comissão de utentes lança abaixo-assinado por investimento na Linha de Sintra
116
2
A Comissão de Utentes da Linha de Sintra reclama o reforço de meios humanos e de material circulante. Iniciativa quis alertar para "a degradação em que se encontra o caminho de ferro, no geral".
O lançamento de um abaixo-assinado em defesa da melhoria do serviço ferroviário foi esta quinta-feira assinalado, na estação de Queluz-Belas, pela Comissão de Utentes da Linha de Sintra (CULS), que reclama o reforço de meios humanos e de material circulante.
Segundo explicou à agência Lusa Álvaro Pinto, da CULS, a iniciativa visou alertar para “a degradação em que se encontra o caminho de ferro, no geral, e principalmente na Linha de Sintra”. “Tem que ver com o desinvestimento, nesta última década, principalmente, [em] que os sucessivos governos têm imposto o comboio ao abandono”, frisou o representante dos utentes.
No acesso à estação de Queluz-Belas, quando os aguaceiros deram uma trégua, um grupo da CULS tentou que as pessoas abrandassem o passo para ouvir a explicação para a recolha de assinaturas.
“Basta de viajar como sardinha em lata”, “Comboios parados, não! A andar, sim!!!” e “Horários são para cumprir” eram algumas das palavras de ordem escritas em placas empunhadas pelos elementos da CULS.
O porta-voz da CULS salientou que, devido à falta de material circulante, que provoca atrasos e supressões, as pessoas “têm a expectativa de chegar em determinada hora ao seu local de trabalho e o comboio que estavam a contar de apanhar foi suprimido, quer de manhã, quer à noite”.
“Isto não é uma vez, tem acontecido ‘n’ vezes, isto já é rotina, claro que cada vez mais as pessoas estão inconformadas e desalentadas porque estão a empurrar para o transporte privado”, criticou.
O representante dos utentes estimou que, neste momento, em termos de material circulante, “estão a circular só 90% dos efetivos da CP”, a que acresce também a falta de trabalhadores da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário).
O abaixo-assinado, que vai circular nos comboios e nas estações, será posteriormente entregue à Infraestruturas de Portugal, empresa responsável pela gestão da ferrovia.
Após assinar o documento, José Martins, 74 anos, admitiu à Lusa que se nota “algumas falhas de serviço”, principalmente em termos de supressão de comboios. O morador em Monte Abraão recordou que antes a Linha de Sintra era servida por comboios com oito carruagens e atualmente apenas circulam “comboios com quatro carruagens, que levam metade dos passageiros”.
No abaixo-assinado, “por um serviço público de qualidade na Linha de Sintra”, refere-se que os utentes “constatam diariamente a degradação do serviço ferroviário, sendo os atrasos constantes e as supressões de comboios sistemáticas”.
“Estamos com cerca de 10% da frota imobilizada porque o Governo continua a recusar a contratação dos trabalhadores necessários às oficinas de manutenção e reparação da CP”, afirma-se no documento.
Perante a degradação do serviço prestado, os utentes exigem “o fim das supressões e atrasos sistemáticos, repondo um nível de oferta superior ao atual em pelo menos mais 10%, e articulando o transporte ferroviário com os restantes meios da Área Metropolitana de Lisboa”.
A “contratação imediata dos trabalhadores necessários” para dotar a EMEF da “capacidade de resposta à reparação e manutenção do material circulante da CP” e as estações da Linha de Sintra “do pessoal necessário à abertura das bilheteiras e postos de informação” também é reclamada no abaixo-assinado.
A criação, junto das estações, de espaços de estacionamento gratuito e a requalificação da estação de Algueirão-Mem Martins são outras exigências.
O vereador da CDU na Câmara de Sintra, Pedro Ventura, considera “completamente impossível” que a CP consiga responder ao previsível aumento da procura devido à redução do preço do passe, a partir de abril, na Área Metropolitana de Lisboa. “Aquilo que os estudos dizem é que vai haver um aumento imediato de 30%” de passageiros, vincou o autarca.
O eleito da CDU lembrou que nos tempos da troika, quando foram reduzidas composições e horários, “os comboios andavam sobrelotados” e que não existindo mais composições e outro tipo de horários, “a CP não terá capacidade de aguentar” a sobrecarga de utentes.
Pedro Ventura justificou a solidariedade com a CULS por ser “um movimento inteiramente justo” e apontou a necessidade de investir em material circulante, numa linha cada vez mais procurada por turistas, onde estações como a Portela de Sintra “não tem as mínimas condições”.
“A Linha de Sintra, sendo a linha mais lucrativa do país, não tem o investimento que devia ter”, criticou.
Comissão de utentes apela à “urgente” abertura do concurso para modernização da Linha do Oeste
O concurso para a modernização e eletrificação da linha ferroviária do Oeste, entre Meleças e Caldas da Rainha, que soma três anos de atraso, é “uma questão indispensável e determinante neste momento”, sendo “necessário avançar, sob a pena deste processo derrapar outra vez durante meses”. Essa foi uma das questões apontadas pela Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO) ao eurodeputado e candidato da CDU nas eleições para o Parlamento Europeu, João Ferreira, durante a sua visita, no passado sábado, à estação ferroviária das Caldas da Rainha.
O eurodeputado e utentes da Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste
Na estação das Caldas da Rainha, o eurodeputado encontrou apoiantes do partido e utentes da Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO), que o informaram da atual situação da linha e das melhorias no funcionamento do eixo ferroviário. No entender do porta-voz da CPDLO, José Rui Raposo, “esta linha está a funcionar melhor do que há uns tempos atrás”, em consequência das “lutas e protestos das populações” dos concelhos servidos. Embora não esteja no “ponto desejável”, nota-se que “os utentes estão a regressar ao serviço público ferroviário”. Esse regresso dos utentes, segundo José Rui Raposo, era uma “questão indispensável a todos os níveis”. Contudo, neste momento o “grande problema” passa por saber quando é que é concretizada a abertura do concurso que constava do Plano Nacional Ferroviário, anunciado pelo governo em 2016 e que voltou a ser anunciado pelo anterior Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, em 2018. Apontou ainda que “para cumprir o que está previsto, o concurso já devia estar aberto”, mas neste momento, “não há qualquer informação quanto a isso”. Além disso referiu que este concurso, que está contemplado no Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI), é “o que está a preocupar-nos mais”. Por isso, alertou para a necessidade “urgente” do governo tomar a decisão de abrir o concurso, pois “senão iremos ter sérios problemas de falta de material nas linhas não eletrificadas”. A comissão também aproveitou para reconhecer as melhorias no funcionamento do eixo ferroviário, que está “efetivamente melhor do que aquilo que existia no verão”. Contudo, frisou que “não é uma situação consolidada”, pois existe um conjunto de fatores que indicam que “há comboios que estão aqui e que muito rapidamente podem ser deslocados para outras linhas”. Face a essas questões, José Rui Raposo aponta que “estamos num país com um grave problema de insuficiência de meios de material circulante ferroviário, não só a diesel como elétrico, e o número de composições que está previsto adquirir através do concurso aberto no início deste ano é manifestamente insuficiente para todas as necessidades”. Igualmente referiu que a própria EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário deveria começar a construir comboios, de modo a que “deixemos de entregar o ouro ao bandido, quando encomendamos comboios ao estrangeiro”. Outro aspeto que apontou foi a facto da empresa não ter capacidade para conseguir responder com prontidão à reparação das composições. Face a estes problemas, a comissão solicitou uma reunião com o conselho de administração da Infraestruturas de Portugal, SA para saber “como é que é está o concurso”, mas ainda não obteve qualquer resposta.
“O governo anuncia pouco, muitas vezes para não fazer nada”
Após ouvir o porta-voz da comissão, o eurodeputado do PCP começou por realçar a luta travada pela comissão e pela população, no que diz respeito à reposição dos horários anteriores a agosto de 2018 e ainda a colocação na linha de mais composições. Tudo isso, segundo João Ferreira, “permitiu reverter a decisão que já tinha sido tomada”. Igualmente apontou que o partido esteve desde a “primeira hora solidário com essa luta e tentou travar essa intenção de desferir mais um golpe aqui na Linha do Oeste”, sendo agora necessário “tudo o resto”, começando desde logo por aquilo foi anunciado há três anos, e que “até agora nada foi feito”. De acordo com o candidato da CDU ao Parlamento Europeu, “a verdade é que aquilo que foi anunciado já era pouco face às necessidades da linha, quer a norte, quer a sul das Caldas da Rainha”. Destacou ainda que “o governo anuncia pouco, muitas vezes para não fazer nada na prática, e a Linha do Oeste é um exemplo disso”. No que diz respeito aos apoios financeiros, o eurodeputado esclareceu que “existem recursos para modernizar toda a linha e não só uma parte”, por exemplo ao abrigo da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE), em que o governo poderá ir buscar dinheiro, ao abrigo do envelope nacional de verbas ou ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). “Estas são as verbas que podem ser utilizadas para a modernização e intervenção da linha”, sugeriu João Ferreira, adiantando que “agora é necessário que o governo as queira mobilizar”. Face a isso, “a CDU tem andado a dizer há muito tempo, que é preciso avançar no país e na linha”. Criticou ainda o PNI até 2030, que “no ponto de vista de resposta às necessidades de investimento do país é extremamente insuficiente”, ficando vários aspetos “sem resposta nesse plano”. Além disso condenou a “resposta insuficiente deste governo”, no que diz respeito às necessidades das populações ao nível das infraestruturas, bem como a sua atitude de “aceitar todas as imposições”. Nesse sentido alertou para a “necessidade de colocar em causa algumas dessas regras a que o país tem sido forçado para conseguirmos dar resposta ao que o país precisa do ponto de vista do seu desenvolvimento e anseios da população”. Nesse sentido é “preciso que o governo queira apresentar o projeto, caso queira mobilizar os recursos deste quadro financeiro”. Voltou a afirmar que é “preciso avançar na Linha do Oeste e noutro conjunto de questões”, e para isso é “preciso ter outras políticas e outros protagonistas”. Relativamente ao material circulante, o eurodeputado referiu que é uma questão “muito importante”, no qual a “falta de meios para a reparação atempada dos comboios, bem como a necessidade de composições podia e devia ser satisfeita, com recurso a produção nacional”.